Tremeu
feliz.
Agora
tudo batia certo.
Conseguira
responder sem hesitação na voz.
Já
não faria mais recados por obrigação, não queria.
Há
muito que desejara expressar recusa, dar um murro na repressão.
Não
e não!
Deixou
o fogão, a cama…
Partiu
com vontade de respirar.
Preferira
a vertigem do desconhecido, da imperfeição.
Negara
aquilo que desejou, quis sentir o outro vazio.
Ganhara
o sufoco limpo, nos pulmões oprimidos, no ar daquela madrugada.
Graça Pereira, 57 anos, Setúbal
Desafio RS nº
32 – a arte de dizer não
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