Ficasse eu surda e muda, punha a mochila às costas e caminhava sempre
atenta às vozes interiores.
Seguiria esse trajecto, guiada pelo clarão que ilumina a
encruzilhada, entre a razão e o sentir.
Chegada à porta a bater que se chama coração, iria pelas
estradas, pela alma percorridas, como um cavaleiro andante.
De ilusão em ilusão, batido por incertas tempestades,
chegaria, por fim, ao local onde todo o sonho nasce, repousando aí meu coração,
eterno viajante inquieto.
Isabel Sousa, 64 anos, Lisboa.
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