Alguém
foi enganado. Quando esperou o sol e não o encontrou. Quando sorriu e não lhe
refletiram a esperança e quis tornar-se adulto sem deixar de ser criança.
Quando não teve o abraço desejado e ainda assim foi construindo o mundo,
esquecido do medo e do cansaço. Quando esboçou sem lápis o desenho mais belo,
feito de ilusão e alegria. E ficou a olhá-lo toda a noite, ao largo da
tristeza, pensando docemente que já era dia.
Paula
Coelho Pais, 54 anos, Lisboa
Sem comentários:
Enviar um comentário