«Oh, desculpe» era a frase que usava
quando um cliente o fixava de cara emburrada, ao aperceber-se de que António
Francisco só estava ali em corpo.
Apaixonara-se pelo seu sonho e
espantava-o a dimensão e o detalhe com que o iluminava. Era uma luz que lhe
vinha da alma e que o fazia ignorar as vozes contrárias, aquelas que o apelidavam
de louco.
Quando o realizaria? Não sabia, por
isso, para já, tornara-se um mestre na espera.
Quita Miguel, 56 anos, Cascais
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Desafio RS nº
34 – frase de Mia Couto
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