Os pés deslizavam
nas pedras, redondas de nada e gastas de uso. Como ele!
Uma palavra lutava
ainda, no vermelho forte do vento à sua volta. Queria dizer o
efémero abraço. Queria dizer o eterno não-dito.
Parou. A rua tinha dois sentidos, afinal. A
chuva continuava a invadi-lo, até ao essencial da loucura indizível.
Loucura de dor,
fatal companheira? Ou loucura de amor,
sem dor e sem cor?
Fernanda
Elisabete Silva Gomes, Vila Franca de Xira
Desafio Escritiva nº 3 – mau tempo com: chuva, vento, amor, azul, vermelho e rua
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