Natal sem abrigo
O céu azul deu lugar a uma escuridão nublada e ele vagueava pelos passeios desertos de Lisboa. As ruas decoradas de vermelho e verde denunciavam a época e as janelas iluminadas permitiam-lhe assistir ao calor das famílias reunidas em redor de uma mesa farta. Uma chuva miúda levada pelo vento encharcou-lhe o rosto marcado pelos anos e ele correu para o seu lar de cartão. Deitou-se e sonhou com o amor de uma família que nunca teve.
Catarina Azevedo Rodrigues,
42 anos, Venda do Pinheiro
Desafio Escritiva nº 3 – mau tempo com: chuva, vento, amor, azul, vermelho e rua
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