A cena é muda e breve,
pode ser um reflexo de estrela ou um brilho de neve
Um sonho que nos damos em partilha
Um livro, uma cartilha,
um projeto feliz.
Que cresça como flor ou como árvore
E voe como sonho ou como ave,
Eu não sei
Mas terá sido amado e desejado
em profusão no meu olhar
como águia inicial ansiando a manhã,
verdes frutos por ser, agarrados à seiva
eterna, terna,
que a escreve.
Paula Coelho Pais, Lisboa, 54 anos
(Miguel Torga, Instante, - A cena é muda e breve.
/ António Ramos Rosa, Entre o Silêncio e o Espaço, in Horizonte
Imediato (1974) - que a escreve.)
Desafio nº 35 – partindo de dois versos de autor
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