–
Eu vou, seja para onde for...
– Porquê essas decisões repentinas?
– Vou para onde haja vida...
– Sempre foste sonhadora.
– Quem sabe vou ser eu de novo!
– Coitadinha, sentes-te perdida?
– Ao teu lado, SIM.
– Nunca serás ninguém quando estiveres sozinha!
– É por isso que vou.
Partiu, buscando sonhos perdidos.
A vida era dela.
Sentia-se livre.
– E ele?
– Casou, reformou-se, engordou...
– E ela?
– Realizou-se, reconciliou-se consigo...
– Onde está?
– Olhando-te, matando saudades...
– És tu?
– Chamas-te Solidão?
– Já não...
– Agora chamo-me Liberdade!
Isabel
Lopo, 70 anos, Lisboa
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