O problema do martelo não tinha solução.
Estava tão carcomido pela ferrugem, que já não ousava dar uma martelada por
mais suave e lenta que fosse. Passava o tempo todo no seu refúgio escuro
e, quase sempre, malcheiroso. Só pensava na sua
querida Ana Rosa e no quanto ela devia sofrer… e isso era
um autêntico espinho espetado na sua alma. Bem tratado,
sempre cumprira, com rigor e mestria, as suas funções. Agora,
sentia-se desmembrado, pobre martelo!
Domingos Correia, 58 anos, Amarante
Desafio nº 110 – 8 palavras obrigatórias
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