1 homem desconhecido, 1 floresta, 1
isqueiro, 1 vida apagada para sempre nas chamas que ele nunca quisera atear.
Traíra-o o excesso de zelo e a natureza
da fisiologia humana.
Traíra-o a consciência, a
responsabilidade.
Nada havia a fazer, não podia apagar o
fogo, nem salvar aquela vida. Restava-lhe entregar-se.
O fim? Foi o esperado: queimaram-no na
praça pública para exemplo das gerações vindouras que não conheceriam a
floresta.
Sem querer, encontrara uma saída fatal
do anonimato.
Paula Cristina Pessanha Isidoro, 35
anos, Salamanca
Desafio nº 109
– solidão no meio de gente
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