A Locas era uma seca,
Vestida sempre diferente,
Roupinha bem aprumada,
Afastava toda a gente!
Ninguém lhe pisava o calo
Coberto com sapatinho,
A soca da moçarada
Não cobria o seu pezinho!
Tinha caracóis brilhantes,
Algumas vezes com laço,
Não deixava a canalhada
Chegar perto do seu espaço!
Cheirosinha e perfumada,
Vestia raios de esperança,
Sentidos e inatingíveis
Aos olhos de outra criança!
Hoje cose, como todos,
Sua manta remendada…
E os rotos, esfarrapados,
Tecem manta delicada ?!...
Maria do Céu Ferreira, 61 anos, Amarante
Desafio RS nº
42 – letras de
escola sem escola
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