Depois de muito andar, perambular, ela chegou, disse olá,
pediu uma dose. Estava seca, gastara a sola toda
do sapato. A barriga oca. Ainda sentia o asco da cela fétida.
A imagem da ala escura ia e vinha na mente, os gritos
das parceiras de cárcere sendo torturadas fazia eco,
Cada caso um sofrimento, um pavor...
No pequeno saco plástico as lembranças de três
décadas...
A lembrança vem, e soca o presente com o passado.
Agora era livre... Seria?
Roseane Ferreira, Estado do Amapá, Macapá,
Extremo Norte do Brasil
Desafio RS nº
42 – letras de
escola sem escola
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