Lembrava-se de escrever em breve texto, uma forma de poema: “espantar-se
eternamente com as coisas”. E tal parecia-lhe a chave para tanto na vida. Para
a alegria, para a esperança, para o amor até.
Receava o dia em que perdesse essa capacidade, tão simples e preciosa. Esse
dom de apreciar as cores do mundo, o aroma das flores, o canto dos pássaros,
uma particular forma da luz entrar pela casa,
beijando o chão num convite a brincar.
Paula Coelho Pais, 55 anos, Lisboa
Desafio RS nº
34 – frase de Mia Couto
Sem comentários:
Enviar um comentário