Sentada na rua ao frio. Desesperada, ali fiquei, destapada
de amor. Não esperava nada, nada me aguardava e, eu, sem querer,
ali estava.
O meu gélido corpo iludia os transeuntes, fotografavam a estátua!
Podia vir o vento quente de leste, que não me aquecia.
Não nasci de sangue azul, não me lamentava. Vermelho,
isso sim, vermelho vivo teimava em pintar a caixa de cartão debaixo dos meus
pés.
E sempre que a chuva jorrava, desenhava um coração.
Andrea Ramos, 40 anos, Torres
Vedras
Desafio Escritiva nº 3 – texto com: chuva, vento, amor, azul, vermelho e rua
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