Era assim quando o sol se punha. As vozes tombavam como se esticassem os
lençóis brancos de linho. A fogueira estalava e na sala bailavam, ao som das
sombras, vultos engomados do passado. Na cadeira, ela embalava a memória
arrumada de imagens e vozes que enganavam o silêncio do soalho.
E havia um sorriso feito de paz e missão cumprida que era ritual de
despedida de mais um dia e voto secreto de um sono sem madrugada.
Lurdes Augusto, 46 anos, Lisboa
Lurdes Augusto, 46 anos, Lisboa
Desafio nº 115 – frase de
Valter Hugo Mãe
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