Presa,
era assim que se sentia. Um destino pisado pela enorme confusão de uma vida que nunca fora
simples. Sentia que, juntando as migalhas de felicidade
vividas, uma nesga, apenas uma parecia
surgir, qual luz desbravando as trevas.
Sentia o coração desfeito. Do velho livro
cai o trevo. Anunciaria ele alguma mudança? Queria muito
acreditar, apesar de polémico, dada a idade.
Não queria saber. Acreditava ter direito a ser feliz. Precisava
acreditar e deixar de viver morrendo.
Amélia Meireles, 63 anos, Ponta Delgada
Muito bonito, Amélia: "deixar de viver morrendo". Lembra-me o Nelson Mandela quando dizia que nasceu para viver e não para sobreviver.
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