Sigo
No velório, oculto a solidão,
por uma atrapalhação bárbara, impossível de partilhar.
Saio de lamparina na mão, achando-me mística, procurando entender a hesitação do dedo do
assassino, que me poupara do crime que terminara com a vida do meu pai.
Espicaço-me para não me sentir uma grande
falida, perante o primeiro dos meus quatro filhos, cuja zanga afasta: vê-me rival, uma nota ridícula, uma ursa camuflada de Jaguar.
Uma mosca varejeira poisa no xaile e eu sigo.
Quita Miguel,
57 anos, Cascais
muito bom Quita, parabéns
ResponderEliminarObrigada!
Eliminar