Estados de alma
Dulce viveu, cometeu erros, mas nunca prejudicou ninguém. Repentinamente,
os dias tornaram-se dolorosos. Marginalizavam-na, tratavam-na com arrogância,
queixavam-se de odores. Sentia-se
destroçada!
Era pura malvadez? Tinha dúvidas!
No rosto, apareceram sulcos, rugas, evitava espelhos - enegreceram-lhe a
alma. Não sorria, chorava copiosamente. Seria bruxaria? - questionava!
Não refletia, caminhava para o abismo, tinha que levantar-se. A poeira
sufocava-a.
Pediu ajuda, equacionou, redefiniu pensamentos, reaprendeu a amar-se.
Numa manhã feliz, olhou-se ao espelho, sentiu o Sol, encheu-se de amor -
iluminou-se.
Laura Garcez, 44 anos, Lisboa
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