Desenham-se-me na pele mapas como protestos que
o sangue transporta pela calada. Sem que saiba porquê, e dói-me.
Dizem-me que estes gritos respondem por uma palavra antiga, aqui chegada dos confins do oriente.
Dizem-me que estes gritos respondem por uma palavra antiga, aqui chegada dos confins do oriente.
Maleita de mim para mim, não chega de mim a
outros. Contudo, são muitos os que se afastam, pelo medo filho do
desconhecimento, como de um espelho que lhes devolve o retrato da sua alma
frágil, do mundo agreste. Para eles, sorrio, escrevo.
Maria José Vitorino,
61 anos, Vila Franca de Xira
Gostei!
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