Tudo o que desejo não me deseja a mim. Os sonhos escorrem-me por entre os
dedos, como a água salgada que me cobre o rosto. Mas eu não corro para os
apanhar. Deixo-os fugir, assim, ao de leve. E choro, à espera que regressem,
outra vez, para dentro de mim. Enrosco-me, no meio da escuridão, fechada do
mundo, na esperança que o sono me leve para o amanhã, e que este me devolva
tudo aquilo que perdi.
Carolina Constância, 24 anos, S. Miguel - Açores
Desafio nº 115 – frase de
Valter Hugo Mãe
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