Sonhar
designa sempre uma experiência de transformação. Mesmo sem consciência disso,
os que sonhamos, ficamos expostos a algo de misterioso ou de maravilhoso, com
consequências imprevistas sobre a nossa própria existência. O sonho devolve-nos
a imensidão do absoluto; coloca-nos à escuta do inaudito; desprotege-nos das
armaduras de todo o tipo que, habitualmente, nos revestem; avizinha-nos,
temerariamente, do verbo nascer, esse que, cada vez mais, implica a tremenda
ousadia do esvaziamento e a travessia simbólica para a morte.
Elsa Alves, 69
anos, Vila Franca Xira
Desafio RS nº
34 – frase de Mia Couto
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