Adriano sentia a trovoada ― Sol,
nem vê-lo, naquele momento! Pasmado, consumia-se em
conjeturas. O azedume perturbava-o, estava desorientado,
a asfixia evidente mergulhava-o na aflição. Finalizado o
dia de trabalho, garganta seca pelo medo, ia ficar aterrorizado
pelos trovões. Que idiotice! Os relâmpagos começaram ― um rio celeste
estava eminente. Nem réstia de vento! Lembrou-se duma gaveta muito
antiga, onde estavam arquivadas as orações para acalmar estas
intempéries. Correu para casa! Rezou! Tudo abrandou! A noite caiu ― Adriano
agradeceu.
Fernanda Costa, 56 anos, Alcobaça
Desafio nº 128 – 12 palavras com 4 no meio
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