01/11/17

Fernanda Costa ― desafio 128

Adriano sentia a trovoada ― Sol, nem vê-lo, naquele momento! Pasmado, consumia-se em conjeturas. O azedume perturbava-o, estava desorientado, a asfixia evidente mergulhava-o na aflição. Finalizado o dia de trabalho, garganta seca pelo medo, ia ficar aterrorizado pelos trovões. Que idiotice! Os relâmpagos começaram ― um rio celeste estava eminente. Nem réstia de vento! Lembrou-se duma gaveta muito antiga, onde estavam arquivadas as orações para acalmar estas intempéries. Correu para casa! Rezou! Tudo abrandou! A noite caiu ― Adriano agradeceu.
Fernanda Costa, 56 anos, Alcobaça
Desafio nº 128 – 12 palavras com 4 no meio


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