Já não vou ao Espiga desde o teu
último sorriso.
A pretexto de um copo que quase não bebemos,
ficamos ali em amena cavaqueira até que os olhos nos
denunciassem.
Ah, os olhos e as mãos, e todo o corpo que cedeu
à fragilidade do disfarce.
Foi de amor e de amar que
falamos, embora disfarçados em bons amigos.
Foste embora com promessas trocadas e levaste o
meu sono.
Tenho medo! Estas tuas últimas palavras
tiraram-me a esperança.
Fernando Morgado, 62 anos, Porto
Desafio nº 130 ― de espiga a
esperança
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