Quis provar
à minha mãe que ela estava enganada quando me dizia para desconfiar, para não
acreditar em contos de fadas. Quis fazer-lhe ver que o mundo podia ser bem mais
bonito do que ela pensava. Passei tantos anos a lutar contra evidências, numa
insana vontade de ficar eu com a razão!... Beijei sapos asquerosos, e espetei
as mãos despidas em mil farpas disfarçadas. Ignorei avisos prudentes e
conselhos amigos. Sujei de lama o coração. Perdoa, mãe.
Glória
Vilbro, 50 anos, Negrais, Almargem do Bispo - Sintra
Desafio RS nº
33 – uma história de enganos
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