O nosso barco andou à deriva mas fomos sendo
capazes de colher conchas, pedras esculpidas pela água, mãos cheias do azul do
mar. E quando o sol se punha, abraçávamo-nos à areia morna e deixávamo-nos
inundar pelo seu calor. Ficámos habitados por esses momentos. De noite, quando
a pressa da vida parecia ficar lá fora, do lado de lá da janela, voltávamos a
olhar para dentro e já não nos perdíamos no ermo de uma casa vazia.
Elsa Alves, 69 anos, Vila Franca de Xira
Desafio nº 115 – frase de
Valter Hugo Mãe
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