24/01/18

Isabel Lopo ― escritiva 28

Casei-me estava o marido na tropa e tínhamos de gerir bem o dinheiro. Quando qualquer coisa se estragava, tentávamos arranjar-nos. Eu era razoável eletricista, ele pregava pregos, etc... O drama eram os estores. Quando emperravam ninguém os movia. O meu marido desmontava-os, mas ali ficavam tempos infinitos.
― Onde estará o manual de instruções?, perguntava. Perdeste-o com certeza...
Até que um dia deu com tudo montado.
― Encontraste o manual?
― Encontrei, claro. É simpático e barateiro, e chama-se Amílcar...
Isabel Lopo, Lisboa
Escritiva nº 28 - manuais de instruções


2 comentários:

  1. Isabel,
    já vi que é da minha equipa: eu defendo que se há especialistas na matéria, devemos usar os serviços deles! Os manuais, se não forem como os nossos, são algo aborrecidos...
    Um beijinho e obrigada por participar.
    Paula Isidoro

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    1. Hahahahah, é mesmo das tuas. Que duas!
      Beijinhos grandes

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