Uma cama de hospital. Tudo era vago. Não se recordava de nada. Alguém
permanecia à sua cabeceira. Aos poucos, tudo se foi revelando na sua memória.
Aguardava um transplante. Telefonaram-lhe no dia em que, no meio de muitos
excessos, festejava vinte e oito primaveras. Um acidente e havia a possibilidade
de o órgão ser compatível. Agora pairava sobre aquela imagem e percebia. O
desfecho não era o pretendido, a vida não esperara por si. Chegara demasiado
tarde.
Filomena Galvão, 57 anos, Corroios
Desafio nº 134 ― «Chegou atrasado…»
Quero dizer-lhe, Filomena, como me tocou o seu texto. Conheço bem a Realidade que tão bem retratou. Obrigada.
ResponderEliminarÉ verdade, é.
EliminarUm beijinho às duas