Chegou demasiado tarde. A vida não esperara por si. A
prisão só lhe deixara sombras no coração. Sem lugar para ir, tudo perdera
sentido. Então correu, fugindo de si própria. Deu por ter desmaiado quando
alguém a tentava ajudar. Afinal não estava só no mundo... Pouco importavam as
feridas, a sua única dor estava no coração. Havia de o curar! Com uma
serenidade que a espantou agradeceu-lhe: "Obrigado. Acho que estou capaz
de seguir uma nova estrada..."
Isabel Lopo, Lisboa
Desafio nº 134 ― «Chegou atrasado…»
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