Júlio rodopia o isqueiro na mão entre os dedos.
Isso ajuda-o a concentrar-se, é uma “brincadeira” que lhe ficou dos tempos em
que estudava e em que fumava. Era burro, não percebia o mal que fazia a
si próprio. Hoje nem o fumo tolerava. Sentia-se mais leve e até o paladar
estava diferente, melhorara imenso a sua condição física também. Frente à
secretária contempla a rosa que oferecera à mulher e
deixa-se inebriar pelo sentido da fragância.
Filomena Galvão, 57 anos, Corroios
Desafio nº 137 ― rosa, isqueiro,
burro
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