Era um amor improvável. Para alguns, até
reprovável. Nunca se tinham visto apesar de viverem lado a lado há já algum
tempo. Agora que estavam juntas percorreu-as um calafrio e, no ar, ficou um
aroma a menta que uma delas exalava. Foi um amor ao primeiro toque. Doravante
inseparáveis iriam aproveitar cada instante. De manhã e à noite eram agarradas
e manuseadas freneticamente. Não se importavam! No copo, escova e pasta faziam
as delícias: uma da outra!
Zelinda Baião, 55
anos, Linda-a-Velha
Escritiva nº 29 – história de amor de objetos
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