Ficou
a olhar para os livros novos, os cadernos, o estojo sem manchas de tinta. Havia
outra coisa nova: não sentia nenhuma excitação por voltar à escola. Mexeu nos
livros, remexeu-se por dentro, mexeu-se na cadeira.
–
Então? – O silêncio remexeu o pai. – Deixa-me contar-te um segredo…
Com
os livros como testemunhas, falaram da escola, das ilusões e das aprendizagens,
de crescer. Falaram muito.
Antes
de dormir, sorriu. Uma excitação invadia-o por dentro, antecipava a nova fase.
Adormeceu.
Margarida Fonseca Santos
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