Da plateia, assistia à peça. Via Roma. “Rota improvável”,
pensava. Incapaz de se concentrar, via um ator de cabelo ralo, um
tufo em jeitos de coroa de romã, fato caro, num banco
de jardim, com um punhado de migalhas de broa que entregava a
uma rola. Fora da história, ouvia a futura nora: “Amor raro!”.
Ao ver a ave voar, pestaneja e pergunta-se: “Mora com
ela?! Orar é o que me resta! Levou-mo”. Terminou o primeiro
ato.
Fátima Fradique, 44 anos, Fundão
Desafio nº 132 ― AOR + 1
Sem comentários:
Enviar um comentário