A noite começou quando o plantonista acabou de sair
da enfermaria. Estávamos sozinhos. E se acontecesse novamente? Suas mãos ainda
tremiam, mas as unhas já perdiam o estranho azul. Ela me fitou devolvendo a
apreensão em olhos cansados. Dentro, um rapazote esquálido dormia. Pelo
corredor vi duas enfermeiras pouco confiáveis.
Voltei resignado. Sentei.
Suspirei. E tudo recomeçou! Suas pupilas cresciam. Gritei já me levantando.
Outra mão me segurou com violência. Era o rapaz. As unhas completamente
azuladas.
Cícero Soares, 55 anos, Bahia, Brasil
Desafio nº 145 ―
o dia/noite começou quando…
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