Fez da escrita uma inspiração para os que decidiram, um dia, ler os seus
livros. Falava na primeira pessoa, contando uma história de tal forma real que
os leitores tomaram como biografia o que lhes oferecia. A nova verdade, a
escrita, foi-se instalando em si como se fosse real, deixando-a sem armas para
lidar com o quotidiano. Quando a campainha tocou, recebeu espantada o filho que
nunca tivera, apenas ficcionara. Abraçaram-se. Morreu nesse instante, de
verdade súbita.
Margarida Fonseca Santos, 57 anos, Lisboa
Desafio nº 149 ― ficção e
realidade
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