Sentiu-se cair. Impossível travar a descida, pelo
buraco escuro, aos trambolhões, atrás do Coelho Branco. Gritou bem alto:
"Mãe!" A porta abriu-se. Acendeu-se a luz. Sentou-se na cama, olhos
abertos, espantados. A mãe acalmou-a. "Foi só um sonho. Já passou,
filha." Olhou à volta. Era o seu quarto: a cama, o roupeiro, a estante com
os seus queridos livros. Que alívio! Mas quando levantou o braço, na mão,
apertadas entre os dedos, as luvas brancas do Coelho...
Elsa Alves, 70 anos, Vila
Franca de Xira
Desafio nº 149 ― ficção e
realidade
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