Soltou um “Ai”
vindo das entranhas ao atravessar com o olhar o vidro embaciado. A chuva
miudinha fazia brilhar o chão da rua ainda iluminado pelos candeeiros que
tardavam em ser apagados.
Mais um dia e
ela ali, prisioneira de si mesma. “Até a chuva me saberia bem.”, pensou,
enquanto passava a mão pelo rosto como se pudesse sentir as gotas de chuva.
Sorriu. Ou quase.
“Que vida!”
De repente, a dúvida
voltara a assaltar-lhe o espírito.
Elisabete Anastásio, 56 anos, Setúbal
Desafio nº 27 – palavras
que crescem (em anagrama)
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