07/11/18

Diário 77 ― 113 ― Diga, 33, diga


Diga, 33, diga
– Diga, 33, diga, não se acanhe…
Pobre soldado. Já perdera o nome, passara a 33, sem identidade para lá da cama onde dormia na caserna e de ser mais uma cabeça na parada.
– É que…
– Ó homem, fale! Só para a morte não há solução, não é o que dizem?
33 calou-se. O problema mesmo era a morte da ratazana de estimação do capitão que dormia a seus pés e comia do bom e do melhor. Atropelara-a…
Margarida Fonseca Santos
Desafio nº 33 – Pegando em “Diga 33”, ou qualquer outra versão do 33
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