Face a face
No caminho para casa, gelou-se-me o sangue nas veias. Um homem desconhecido
aproximava-se na minha direção. Realizei que me encontrava face a face com um
fugitivo. A miséria estava cinzelada nos olhos e sua boca, ininteligivelmente
disformada, era um grito de socorro. Dei-lhe dinheiro, embora soubesse bem que
não o ajudaria com uma nota de cinco euros, apenas apaziguei minha consciência.
Há no mundo sessenta milhões fugitivos. Envergonhei-me, e levei-o ao
asilo para um acolhimento mais caloroso.
Theo
De Bakkere, 66 anos, Antuérpia, Bélgica
Desafio nº 159 – lutar por fazer
a diferença
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