A rua Laura
Um lôbrego silêncio invadia,
come a grama amarga,
a rua Laura,
outrora cheia de vida.
A pouco, pouco, languesciam
nos seus desbranqueados casarios
os mornos tristes sons
de pretas saias revestidos.
Sonolenta, taciturna e calada,
bocejava ao raiar o dia,
deixando na alma surpreendida
o seu cheiro da saudade.
Uma calma quietude lá vivia
qual se o tempo
quisesse, com afã, reter
à luz azul da madrugada.
Quem, ó rua Laura,
o teu mistério
não irá reviver?
Mónica Marcos Celestino, 47 anos, Salamanca (Espanha)
Um lôbrego silêncio invadia,
come a grama amarga,
a rua Laura,
outrora cheia de vida.
A pouco, pouco, languesciam
nos seus desbranqueados casarios
os mornos tristes sons
de pretas saias revestidos.
Sonolenta, taciturna e calada,
bocejava ao raiar o dia,
deixando na alma surpreendida
o seu cheiro da saudade.
Uma calma quietude lá vivia
qual se o tempo
quisesse, com afã, reter
à luz azul da madrugada.
Quem, ó rua Laura,
o teu mistério
não irá reviver?
Mónica Marcos Celestino, 47 anos, Salamanca (Espanha)
Desafio nº 183
― 3 ou mais palíndromos no texto
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