Numa
noite de primavera fria, o vento corrói os cantos da casa situada
no alto dum monte. A solidão penetra, insistentemente, pelas
frestas das portas e das janelas partidas. A casa é o que restou, duma gente que
se perdeu. Dentro, em cada objeto deixado para trás, um sinal restante de
quem já não existe, vinte anos se passaram, tudo está
exatamente no mesmo lugar. No quarto, sobre o aparador, jaz um pente velado
pelo pó inerte.
Alex
Santi, 28 anos, Ericeira
Desafio nº 205 ― sílaba TE
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