Ao fim e ao cabo, ele teria razão: eu era um miúdo muito trapalhão.
Foi um cabo dos trabalhos corrigir-me. Quando estava mais irritado o
professor dizia: “Isto é pior do que passar o Cabo das Tormentas. Já te disse, milhentas vezes, que não se diz eu
cabo. É, eu caibo.”
Pois sim, rala-te. E continuei a
dar-lhe cabo da cabeça.
Hoje quando oiço alguém dizer eu cabo, riu-me, e interiormente digo para
mim ”eu cá vassoura”.
Filomena Galvão, 58 anos, Corroios
Desafio nº 210 – cabo das
tormentas
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