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20/06/20

Helena Rosinha ― desafio 210

Indiferente à TV cabo, folheio jornais e revistas de cabo a rabo. Quebra-cabeças, palavras cruzadas, tornaram-se um vício, mas ao fim e ao cabo, entretenho-me e exercito a mente. Quando não sei, pergunto e, se estivermos na praia, até ao cabo-do-mar recorro. Países, oceanos, cabos, são os meus temas preferidos: 
― País com cor? ― Cabo Verde! 
― Província moçambicana magrinha? ― Cabo Delgado! 
Bem-humorada, detesto discussões e aqueles argumentos de cabo de esquadra. O meu sonho? Ter um fim digno.
Helena Rosinha, 67 anos, Vila Franca de Xira
Desafio nº 210 – cabo das tormentas

15/06/20

Elsa Alves ― desafio 21

Não devia ter deixado as coisas arrastarem-se tanto tempo... Não reagira mais cedo porquê? Hoje, chegara a casa e estava ele a ler o jornal. Nem levantara os olho... Tinha ela gasto um dinheirão na cabeleireira. Que raiva! Mas não deitou uma lágrima. Meteu as mãos nos caracóis. Esguedelhou-se toda. Agarrou na mala e saiu, porta fora. Na escada encontrou o vizinho simpático do segundo andar. " O seu cabelo está um espectáculo!!! Fá-la mais nova!!!" E esta?!?
Elsa Alves, 71 anos, Vila Franca de Xira
Desafio nº 21 a propósito de uma ilustração

Theo De Bakkere ― desafio 210


Um novo recorde
No Cabo Espichel tornava-se uma reunião de escuteiros inesperadamente de cabo a rabo um êxito grande. A quantidade de participantes passou o cabo de quatrocentos.
Ao cabo do dia ainda havia tentativas para bater o recorde da guerra do cabo. Embora seja um cabo de trabalhos alinhar todas as alcateias para puxarem simultaneamente o cabo grosso. O caminheiro (um antigo cabo militar) nunca dava cabo dos nervos e levará a cabo com êxito a um novo recorde.
Theo De Bakkere, 68 anos, Antuérpia Bélgica


Desafio nº 210 – cabo das tormentas

Elsa Alves ― desafio 21

Que risota!!! As gargalhadas sucediam-se-lhe. Não conseguia parar... A cabeça entre as mãos. Os caracóis esfregados com força, num nervoso miudinho. É que não conseguia mesmo parar... Se lhe tivessem contado não acreditava. Mas tinha visto com os próprios olhos. E desmanchava os caracóis, com os dedos. O diretor, tão vaidoso, julgando-se superior a todos e... escorregar daquela maneira... Pezinho fora da porta do táxi, não repara na casca de banana... zás, espalhanço!!! Cena registadinha no telemóvel...
Elsa Alves, 71 anos, Vila Franca de Xira
Desafio nº 21 a propósito de uma ilustração

Marina Santos ― desafio 210

Aparecem os primeiros raios de sol e esta multidão toda dá CABO de mim. Já lá vai o tempo em que passávamos do CABO da vassoura para o CABO da esfregona e o homem lá de casa, do CABO do martelo ao CABO de aço. Os miúdos com aqueles canais todos da televisão por CABO, até permitiu ao CABO, passarem ao lado desta história toda.
Mas agora tudo ao monte? Vão dar CABO disto tudo! Raios partam!
Marina Santos, 29 anos, Coimbra
Desafio nº 210 – cabo das tormentas

14/06/20

Toninho ― desafio 210

Péssimo dia
Jardim com ervas daninhas. Para dar cabo, fui ao paiol. Foice enferrujada sem cabo. Achei uma enxada sem cabo. Parecia complô ferramental. Ao cabo de horas, fui a Cabo Frio num mercado. Liguei o carro, pane no cabo da bateria. Socorrido pelo cabo do exército, segui viagem. Loja fechada, cabo telefônico roubado. Desisto no dia péssimo de cabo a rabo. Bebi uma cachaça que deu cabo de mim. Acordei com gosto de cabo de guarda-chuva na boca.
Toninho, 64 anos, Salvador-Bahia-Brasil
Publicado aqui: Desafio 210_Péssimo dia
Desafio nº 210 – cabo das tormentas

11/06/20

Margarida Fonseca Santos ― desafio 210


Disse a verdade, fê-lo ao cabo de três dias. Jeremias sentiu-se melhor. O cabo Fernandes, não, preferia nem saber.  Agora seria o cabo dos trabalhos. Passando a explicar: o cabo da espingarda do general apareceu estragado, sendo Jeremias o culpado. Ao fim e ao cabo, fora sem querer. Mas sabendo disto, que faria Fernandes? Valeu-lhe o cabo Pintas, desdramatizando o caso. Não levariam a cabo denúncia nenhuma, iam mas é para a cantina, cheirava a rancho reforçado.
Margarida Fonseca Santos, 59 anos, Lisboa
Desafio nº 210 – cabo das tormentas

Isabel Lopo ― desafio 210

Comprar o barco ia dando CABO dele. Foi o CABO dos trabalhos para o pôr na água. Na doca enrodilhou o CABO no do iate. Foi um CABO sério para o tirar. Ele que julgava ir até ao CABO do mundo naquele bote! Ao fim e ao CABO valeu-lhe a ajuda do CABOverdiano que o empurrou com o CABO de uma vassoura. Só assim levou a CABO aquela tarefa. Felizmente vendeu-o logo ali ao CABO de meia-hora.
Isabel Lopo, Alentejo
Desafio nº 210 – cabo das tormentas

Natalina Marques ― desafio 210


Vivia numa aldeia chamada CABO do Mundo, sempre que o pai o mandava rachar lenha, partia-se o CABO da marreta. Precisou do martelo, não tinha CABO, a enxada, sem CABO, o machado, sem CABO. Achou aquilo estranho, perguntou-lhe a razão, onde respondeu que cada vez que os utilizava, partiam-se os CABOS, não tenho culpa. Pois não mas és o meu CABO dos trabalhos.
Como teve que comprar tanto CABO, ficou conhecido naquela aldeia como Manel do CABO.
Natalina Marques, 61 anos, Palmela
Desafio nº 210 – cabo das tormentas

Verena Niederberger ― desafio 210

Josefina era casada com cabo Praxedes.
Tempos de quarentena Josefina se arriscava na cozinha apesar da pouca prática.
Cabo Praxedes alertava:
Quando usar a faca tenha cuidado.
Se a pegar pelo cabo usará a seu favor se a pegar pela lâmina se cortará.
Prepararia uma feijoada teria que dar cabo da couve e a picar fininha.
Almoço pronto.
Cabo desapareceu.
Chegou, cambaleando, levou com o cabo da vassoura na cabeça.
Josefina deu cabo da feijoada.
Ficou enjoada.
Verena Niederberger, 69 anos, Rio de Janeiro, Brasil
Desafio nº 210 – cabo das tormentas

10/06/20

Fernanda Malhão ― desafio 210

A pandemia veio dar cabo da economia, é o que mais se ouve. Mas ao fim e ao cabo para que esta pandemia serviu? Só para nos dar cabo dos trabalhos? Será que temos de repensar a vida que temos vivido de cabo a rabo? Continuaremos a levar a cabo a destruição do planeta? Estamos todos juntos, não devemos jogar ao cabo de aço, a puxar cada um para seu lado. Juntos podemos fazer mais e melhor!
Fernanda Malhão, 44 anos, Gondomar
Desafio nº 210 – cabo das tormentas

Amália da Mata e Silva ― desafio 210

...Fui ao cabo do mundo no corpo de uma mulher!...
Baixa-me esta música, por favor! Este barulho dá-me cabo do juízo e será o cabo dos trabalhos acabar a tarefa que me propus levar a cabo... Logo hoje, que é o dia de Portugal, é que me havia de calhar este Cabo das Tormentas.
Penso e repenso na proposta e, ao cabo de uma hora, nada. Vazia de ideias... Apetece bater-me com o cabo da vassoura, irra!
Amália da Mata e Silva, 65 anos,Vila Franca de Xira
Desafio nº 210 – cabo das tormentas

Ana Paula Oliveira ― desafio 210


Ao cabo de três meses no Cabo das Tormentas, a paciência esgota-se. Tem sido o cabo dos trabalhos! Cabo da internet, cabo do telemóvel, TV por cabo. Raios! Já não se aguenta tanto cabo, torna-se difícil levar a cabo tantas tarefas.
E ninguém dá cabo do bicho que dá cabo de nós. Sobranceiro, ninguém o vê. Este novo Adamastor não tem uma história de amor para contar, não se verga. Só o Amor faz vergar os monstros.
Ana Paula Oliveira, 59 anos, S. João da Madeira
Desafio nº 210 – cabo das tormentas

Filomena Galvão ― desafio 210

Ao fim e ao cabo, ele teria razão: eu era um miúdo muito trapalhão.
Foi um cabo dos trabalhos corrigir-me. Quando estava mais irritado o professor dizia: “Isto é pior do que passar o Cabo das Tormentas. Já te disse, milhentas vezes, que não se diz eu cabo. É, eu caibo.”
Pois sim, rala-te. E continuei a dar-lhe cabo da cabeça.
Hoje quando oiço alguém dizer eu cabo, riu-me, e interiormente digo para mim ”eu cá vassoura”.
Filomena Galvão, 58 anos, Corroios
Desafio nº 210 – cabo das tormentas

Paula Castanheira ― desafio 210

Bonifácio segurava o cabo do martelo, com tanta força que se lhe notavam os nós brancos dos dedos. Cabo da GNR há 3 décadas, sempre fora pau para toda a colher. O cabo elétrico jazia no chão à espera de destino. Reparar aquele contador revelava-se um autêntico cabo dos trabalhos. Tibúrcio teimava que não era assim. Ao fim e ao cabo era capaz de ter razão. Ao cabo de duas horas Bonifácio cedeu. A obra lá avançou!
Paula Castanheira, Santo Amaro, Foz Coa
Desafio nº 210 – cabo das tormentas

Rosélia Bezerra ― desafio 210


Era tempo feliz, havia dado cabo de linda viagem. 
Ao cabo, cheguei, pus-me a dar cabo de aterrissar.
Ao cabo do dia, ouvia notícia sobre vírus, dava cabo de pessoas na China.
Atentei às notícias, dei cabo de noticiários. Aumentava ansiedade, dava cabo da saúde emocional.
Metanoia, dou cabo de tormentas desnecessárias.
Há noventa dias, orar, tecer, faxinar, cozinhar, dou cabo de amar, ser amada.
A vida precisa de dar cabo aos bons sentimentos, confiantemente, venceremos unidos!
Rosélia Bezerra, 65 anos, ES, Brasil
Desafio nº 210 – cabo das tormentas

Chica ― desafio 210

Capela do Quartel .Casório de Joaquina e Cabo João. 
Ao cabo entrada ,a mãe da ex namorada do Cabo João, munida de um cabo de vassoura urrava:
Ai, Jisuis, juro que dou cabo desse Cabo hoje!
E com a vassoura ameaçava enfiar o cabo na cabeça do Cabo João.
Não só ameaçou...Deu tanto que o cabo quebrou sua perna! 
Nem casório, nem lua de mel que seria em Cabo Frio aconteceram. 
Foi o cabo do amor!
Chica, 70 anos Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Desafio nº 210 – cabo das tormentas

Desafio nº 210

Dia 10 de junho, lembrei-me do Cabo das Tormentas.
De associação em associação, encontrei a ideia. Qual é então o desafio?
Usem, dentro do texto, o máximo de vezes a palavra cabo.

Diverti-me imenso, ficou assim:
Aquilo era o cabo dos trabalhos. Não acertava uma! Não levava a cabo nenhuma das tarefas que se lhe pedia, dava cabo de mim, dos professores e eu, normalmente paciente e compreensiva, ao cabo de meia hora já só tinha vontade de lhe bater com o cabo da vassoura! Um dia fartei-me e ele partiu. Escreveu-me há pouco, da cidade do Cabo. Entrou para a marinha, tornou-se disciplinado. Amadureceu? Duvido! Leio: “Do teu eterno Cabo das Tormentas.”
Paula Isidoro, 39 anos, Salamanca, Espanha
Desafio nº 210 – cabo das tormentas