(Monólogo
de um espelho)
Nunca sei o que
esperar de ti.
Sei que te
devolvo uma imagem desvirtuada. Também sei, ou julgo saber,
das exigências, pressões, do esforço que fazes para a manter. Não
sei é por quanto tempo mais conseguirás iludir os outros
(a ti mesma?). Nem sei se, no final, o
investimento te favorece. Só sei é que se tornou insuportável
reflectir tanta intervenção numa só pessoa: colorações, maquilhagens,
implantes! Qualquer dia apareces-me à frente e estilhaço-me… de espanto.
Helena Rosinha, 67
anos, Vila franca de Xira
Desafio nó 209 – ritmo do texto SEI
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