O bizarro mundo continua a girar, imperturbável à minha existência. Julguei que tudo colapsaria esta noite mas uma vez mais enganei-me redondamente. Caminho por entre a multidão matinal apressada, alheia aos meus problemas. Como pude ter a arrogância de achar que o meu fracasso teria algum impacto no mundo? Sinto-me até aliviada, livre das amarras da responsabilidade. Que lufada de ar fresco constatar esta minha insignificância! Afinal, o sol nasceu na mesma a multidão continua a caminhar.
Rita Corrêa, 28 anos, Lisboa
Desafio nº 254 – frase de Paul Auster
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