Passava por ela todos as manhãs, a caminho da praia. Singular e imponente. Debruçada sobre o mar. Uma única palmeirano jardim, virado a norte. Perdida no tempo, uma chave, enorme, permanecia, eterna, na fechadura. Cogitava: Um crime? Uma morte? Uma fuga insensata era a imagem que me assolava com mais frequência. A noite era um cinto que a envolvia e adensava a aura. Sombras dançantes, feéricas, agigantavam-na. Hoje, soube, espantado, que mistério encerra a casa azul.
Zelinda Baião, 55 anos, Linda-a-Velha
272 – palavras encadeadas, com palmeira
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