Traçara um risco. Mais um. Ténue, mas vivo na memória. Afastou-se e o seu pensamento percorreu-os a todos. Tantas aventuras! Sonhos de uma vida! Deteve-se, demoradamente, em cada um deles. Aqui, servira de isco numa peripécia que nunca esquecerá; ali, o convívio com um local mais arisco e além, a travessia de funambulista, onde, repetidamente, se tinha perguntado:” arrisco?”. Não tinha, todavia, hesitado. Porque cada lugar era um reencontro consigo. No mapa, cada ponto, era uma viagem.
Zelinda Baião, 55 anos, Linda-a-Velha
262 – isco, risco, arisco, arrisco
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