Era alguém cheio de atributos: invulgarmente
inteligente, com uma conversa interessante e criativa, mas a sua personalidade
resvalava de uma bondade extrema, a uma rigidez de carater contrastante.
Não sabia dizer não, mas arrependia-se sempre da
sua condescendência.
Tinha de mudar, pois abusavam dele.
Passado uns tempos, encontrei-o e verifiquei que
qualquer coisa se alterara na sua maneira de ser.
Com curiosidade perguntei-lhe, e, com um sorriso malicioso,
respondeu:
― Estou no psicólogo para aprender a dizer NÃO.
Maria João Cortês, 75 anos, Lisboa
Desafio RS nº 32
–
a arte de dizer não
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