Andava de um lado para o outro, de um lado para o outro. Havia quem já
tivesse comentado: parece que estás na maternidade, ó Freitas!
Ficar quieto seria pior. Os minutos, sempre na conversa, levavam muito
tempo a passar. Pena o corredor não ser mais comprido.
Quando a porta se abriu, paralisou, mudo. Uma cabeça espreitou:
– Venha cá, Freitas! Que projecto fantástico! Venha cá…
E desapareceu, a gaguejar explicações. Nos sorrisos dos colegas,
adivinhava-se o que conseguira.
(texto: Margarida Fonseca Santos; ilustração: Francisca Torres)
(texto: Margarida Fonseca Santos; ilustração: Francisca Torres)
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