A poesia que escrevia era a única coisa que não partilhavam.
Não por vontade dela, que começou por mostrar e depois guardou sem esconder.
Também não por vontade dele, pois apenas se sentia incomodado nos versos que
lhe tocavam fundo mas que não conseguia explicar com a razão. Em tudo o resto,
as almas achavam-se gémeas. Contudo, há sempre um dia que desarruma as
histórias das pessoas, e nesse dia ele leu e entendeu com o coração.
(texto: Margarida Fonseca Santos; ilustração: Francisca Torres)
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