A
Madalena é a de todos a recreada lá de casa. Não concorda com o oposto dela.
Mas em certos momentos só a calma tem o condão de a acalmar. Tenta alcançar
local sereno e remoto para morar. No campo, ao som do canto e do encanto dos
pássaros, passa para o papel canções. O Sol e o calor dão alento e o aroma das
amoras dá paladar aos doces poemas. As ondas do mar no pensamento.
+
O
caderno na mesa com a caneta ao lado toca a atenção da Marta. Senta-se,
passando os dedos por ele. Recorda o momento da deserção. A perda pelo
contentamento de traçar letras não era momentânea. Desolada, recosta-se
tentando derrotar o desalento. Pensadora, tenta memorar cada poema. Eram às
centenas de anos e anos de talento. Escondendo sempre de todos por medo de as
suas sensações não serem alcançadas tal como as sente na alma. Estremece ao
pensar.
+
Às
três o sono desaparece. Penso ler, mesmo escassamente, pode acalmar. Mas não
tento e espero pelo cansaço. Tarde compreendo o erro, após passarem três
momentos. Se esperava adormecer era desacerto. Depressa penso na perda de tempo
completamente lançada pela porta. Só presentemente
alcanço o ter passado tanto tempo sem sono. Não será perda, sempre se tem este
conto de setenta e sete e tão escasso de letras para dar a aprender e alento à
talentosa mente.
Maria Jorge
Sereno...
Perder o medo
Ceder de repente,
Trocar restos
Pelo presente
Mandar pelos ares
Todo tormento
Poder se doar
A cada momento
Sem rodear
Sem se atormentar
Tentar ser amor
Calor total
A dor some
Alto astral
Ceder de repente,
Trocar restos
Pelo presente
Mandar pelos ares
Todo tormento
Poder se doar
A cada momento
Sem rodear
Sem se atormentar
Tentar ser amor
Calor total
A dor some
Alto astral
Solto pelo ar
A soar normal
Sem se apressar
Sereno se mostrar
Somar amores
Mandar o mal passear
Com toda calma
A alma tocar
Ter asas,
Contar estrelas
Se acalentar
Entender como é doce amar
Se acalentar
Entender como é doce amar
Corpo e alma
Sempre presente estar
Sempre presente estar
Que maravilha! Mesmo com crise nas letras, há sempre inspiração! Essa nunca desaparece... e ainda bem!
ResponderEliminarNão é de sonho? Eu ando mesmo deliciada... Um beijinho, Vanda
EliminarQue criatividade.Lindas! beijos,chica
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